terça-feira, 28 de maio de 2013

Morre nos Eua, aos 92 anos, Ray Harryhausen, uma lenda do cinema de entretenimento


Antes dos efeitos digitais e do motion capture, o animador Ray Harryhausen fazia a cabeça da garotada que frequentava os cinemas nos anos 50, 60 e 70. Um mestre na animação quadro a quadro (ou “stop-motion”), ele deu vida, no telão, a criaturas como a Medusa e o Kraken (ambos da versão original de “Fúria de Titãs”), dragões e centauros (nos filmes da série “Simbad”) e às monstruosidades mitológicas de “Jasão e os Argonautas”, clássico da Fantasia realizado em 1963 e que ainda inspira os cineastas.

Harryhousen tomou gosto pelos efeitos especiais ao assistir a “King Kong”, em 1933. Na época, o maior especialista em animação quadro a quadro era Willis O’Brien, um precursor de Ray. Mas foi Harryhausen quem realmente aprimorou e difundiu o “stop-motion”, por meio de uma filmografia cheia de títulos memoráveis (“A 20 Milhões de Milhas da Terra”, “Os Três Mundos de Gulliver”, “O Monstro do Mar Revolto”, “A Invasão dos Discos Voadores” e “Os Primeiros Homens na Lua”, entre outros).

O animador faleceu no último dia 07 de maio, aos 92 anos. Além de uma legião de admiradores (alguns deles famosos, como os diretores Steven Spielberg, George Lucas, Peter Jackson e Tim Burton), Harryhausen deixa um legado de produções antológicas, que não apenas sobreviveram à prova do tempo como se mantém importantes referências para o gênero.

 
Publicado em 08/05/2013

Texto: Eduardo Torelli

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